sábado, 19 de janeiro de 2013

França: Twitter é pressionado por causa de mensagens ofensivas




O Twitter está sendo pressionado pelo governo francês por causa dos tuítes homofóbicos, racistas e anti-semitas que infringem a lei contra discurso de ódio. Ministros franceses estão negociando com o site americano sobre como lidar com as mensagens. O governo sugeriu ao Twitter que a empresa lute ativamente contra os tuítes que contenham mensagens de ódio, mesmo que o site se autoproclame um defensor da liberdade de discurso.
O debate surgiu após o aumento de hashtags ofensivas entre as mais populares na França nos meses recentes. Algumas das hashtags incluem #SiMonFilsEstGay (Se meu filho fosse gay), em que usuários inventam agressões contra um possível filho gay, e #SiMaFilleRameneUnNoir (Seminha filha trouxesse um negro para casa), #UnBonJuif (Um bom judeu), e #SiJEtaisNazi (Se eu fosse um nazista).
Em um processo jurídico nesta semana, uma organização de estudantes judeus, apoiada pelos maiores grupos antirracismo do país, pede que o Twitter seja forçado a divulgar os detalhes pessoais dos usuários que tuitaram comentários antissemitas nas hashtags #UnBonJuif (Umbom judeu) e #UnJuifMort (Um judeu morto), para que os usuários sejam processados.
Em outubro, o Twitter concordou em remover as hashtags ofensivas. Mas sua advogada, Alexandra Neri, disse à corte que os dados pessoais dos usuários não seriam entregues. Ela disse que os dados estão guardados na Califórnia e a lei francesa não seria aplicada. Segundo ela, a única maneira de o site ser forçado a entregar os dados seria se o sistema judiciário francês pedisse aos juízes americanos a liberação dos dados. “Não estamos fugindo de nossas responsabilidades. Nossa preocupação é não violar a lei americana em cooperar com os juízes franceses. Nossos dados estão nos EUA, logo devemos obedecer a lei desse país”, disse a advogada, adicionando que o Twitter não tem nenhuma obrigação em dar os dados para a França. Um juiz francês julgará o caso no dia 24 /1.

                                           Fonte: Observatório da Imprensa 

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