quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Boechat: corrupção não precisa de pacto, mas de punição

Na ultima  sexta-feira, o jornalista comenta o pedido de cassação de Dilma que o PSBD fez ao TSE e a proposta de pacto anticorrupção feita pela presidente. Para Boechat, o correto é punir os corruptos, não fazer pacto. Segundo ele, "quem destrói a reputação do país são os corruptos". O comentário do jornalista  foi feito na radio Band News para o programa da Band Cafe Com Jornal.  Assista e ouça abaixo!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Governos e fraldas - 19/12/2014 - Eduardo Giannetti
Eduardo Giannetti - Colunistas - Folha de S.Paulo

Governos e fraldas

A duas semanas da posse, o governo reeleito dá mostras de que está sem projeto, sem força política e sem autoridade moral.
O que se anuncia é um mandato anêmico, pautado por crises sucessivas e medidas improvisadas visando contê-las. O quadro reforça a pertinência da recomendação, atribuída a Eça de Queiroz, de que governos e fraldas devem ser trocados periodicamente e pelo mesmo motivo! Como não foi o caso, resta amargar.
A virada foi completa. Em poucos anos, o Brasil passou de estrela do mundo emergente a país submergente. Se por um breve interlúdio gozamos a ilusão da ilha de prosperidade em meio a um mar turbulento (para evocar o bordão do general Geisel ressuscitado por Lula 2), agora estamos perto de virar o oposto. Enquanto o mundo reemerge, o Brasil afunda.
O que deu errado? As causas próximas são múltiplas e vão desde os equívocos e barbeiragens da política econômica (macro e micro) à aposta redobrada no modelo do presidencialismo de condomínio, por meio da cessão de glebas do governo ao que há de pior na política brasileira. Penso, no entanto, que na raiz do nosso retrocesso existe um fator subjacente comum e de amplo alcance.
O ponto é que os governos petistas e com mais ímpeto após a eclosão do mensalão na política e da crise de 2008 na economia levaram a deformação patrimonialista do Estado brasileiro a um novo e exacerbado patamar, com tudo que isso acarreta em termos de distorção nas relações entre público e privado, piora na alocação de recursos, ruína da governança e degradação dos padrões éticos.
A melhor evidência disso é a Petrobras. A cada nova revelação, a saga se torna mais emblemática. O maior escândalo de corrupção da história do Brasil e o certame não é fácil não é fruto apenas da fraude contábil e da ganância corporativa, como no colapso da Enron americana.
O que temos aqui são empresas privadas, burocratas estatais e políticos em estreito e estruturado conluio visando maximizar, à guarida dos donos do poder e às custas do resto da nação, lucros espúrios, fortunas pessoais e projetos de apropriação continuada do Estado.
O capitalismo politicamente orientado não nasceu com o mandarinato petista veio com as caravelas mas foi levado ao paroxismo por ele. A recaída patrimonialista é o enredo cifrado do drama cujo desenrolar anima a crônica diária da encrenca econômica, ética e política em que estamos metidos.
Embora não esteja ao alcance das instituições, quando são boas, fazer todo um povo prosperar só o trabalho, a inovação e o cuidado com o amanhã têm tal elas são capazes, quando nocivas, de condená-lo à eterna mediocridade.

Artigo Publicado hoje (19) na Coluna Folha de São Paulo

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Debate TV Folha: Robôs inteligentes podem levar ao fim da raça humana?

Debate TV Folha, na tarde desta terça-feira (16), motivado após o físico britânico Stephen Hawking em entrevista à rede BBC alertou para os perigos do desenvolvimento de máquinas superinteligentes. Assista o debate abaixo.



O desenvolvimento de máquinas inteligentes e uma possível ameaça à existência humana foram os assuntos debatidos pelo jornalista Salvador Nogueira, que escreve para "Ciência", e pelo colunista de "Tec" Luli Radfahrer na TV Folha, na tarde desta terça-feira.

sábado, 13 de dezembro de 2014

2014, o ano de Sérgio Moro por Tosta Neto, 12/12/2014

Tosta Neto (Escritor e Historiador) - Colunista do Outro Olhar
    O ano ainda não terminou e, deparamo-nos com a seguinte pergunta: quem foi a personalidade do ano?  Em ano de Copa do Mundo e de eleições presidenciais, a lógica aponta que busquemos um nome no futebol ou no ambiente político. Com o insucesso da seleção de Felipão e em meio ao lodaçal do “Petrolão”, sem muito esforço de raciocínio, um nome surge no horizonte da previsibilidade: Sérgio Moro, o juiz que conduz com maestria e rigor a “Operação Lava Jato”.
    Quem é Sérgio Moro? A priori, um nome que provoca calafrios nos abutres que devoraram o fígado da Petrobras.  Profissional devotado à causa da eficiência da cega justiça, referência nacional na investigação de lavagem de dinheiro; juiz que faz jus a Têmis, além de honrar o Poder Judiciário. Ser destemido que enfrentou e enfrenta com altivez os anseios dos poderosos que sangraram os cofres da nossa ex-maior empresa. É importante enfatizar, que os “petroleiros” almejam desesperadamente transferir o processo para o Supremo Tribunal Federal. Qual é o motivo dessa transferência? Consoante a indicação de novos ministros, o PT aparelhou o STF, objetivando aliviar a pena dos “mensaleiros” e absolver vindouros réus, cúmplices das falcatruas governamentais.
    O juiz Sérgio Moro nos traz a sensação passageira e tênue que o peso da justiça atinge a todos. Apesar dos avanços dos últimos anos, a justiça brasileira é benevolente no tocante aos mais ricos. Um exemplo entre muitos: os “inocentes” e “incorruptíveis” mensaleiros José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoíno – as encarnações de Sócrates, Platão e Aristóteles da ética política – usufruem das benesses da prisão domiciliar. Esta trindade deveria ocupar uma cátedra cativa no Panteão das Divindades da Honestidade. Por isso, alguns militantes do PT os exaltam como heróis nacionais. Poupe-me! Santa hipocrisia! Não precisamos de heróis! Eternamente grato Bertolt Brecht pela frase: “infeliz a nação que precisa de heróis”.
    O juiz Sérgio Moro precisará manter-se rijo e reto contra a corja que assaltou a Petrobras. Águas turvas e agitadas surgirão nas trilhas do impávido juiz. Por sinal, o PT já está realizando uma devassa sobre a vida de Sérgio Moro, partido que é especialista na arte de destruir reputações daqueles que desafiam seus interesses espúrios. O célebre Joaquim Barbosa e o ex-procurador geral da República, Roberto Gurgel, foram difamados pelo PT, por causa da atuação firme destes representantes legítimos do judiciário no processo do “Mensalão”. O PT será inclemente na incumbência de desqualificar Sérgio Moro nos mais diversos âmbitos, do pessoal ao profissional.
    Sérgio Moro foi predestinado para liderar a investigação da página mais suja e corrupta da história do Brasil, um esquema que revelou o desvio de recursos públicos cujo volume roubado supera o PIB de inúmeros países. Destarte, daqui a 50, 100 e 200 anos, quando o ano de 2014 for pesquisado pelos historiadores, o nome de Sérgio Moro estará visível em letras maiúsculas e em negrito. Infelizmente, o câncer da corrupção não será extirpado na sua totalidade, todavia, a “Operação Lava Jato” é uma experiência exemplar na tentativa de combater esta doença que assola o Brasil.

Tosta Neto, 12/12/2014
Marina Silva é eleita 'mulher do ano' pelo o maior jornal britânico o 'Financial Times'
A ex-candidata à presidência da República e ex-senadora Marina Silva foi eleita pelo jornal britânico "Financial Times" como "mulher do ano", em sua última edição. Ao detalhar sua biografia, a publicação definiu Marina como uma política visionária e idealista que saiu "da pobreza e do analfabetismo" para concorrer por duas vezes à liderança do Brasil. Leia aqui.
"O segredo de seu apelo é que ela convenceu os eleitores de que é uma espécie rara de política, aquela que acredita com sinceridade no que está dizendo", destacou o jornal, salientando a origem humilde de Marina nos seringais da região amazônica.
"Acrescente a isso que ela também é mulher e negra em um país em que ambos os grupos são pouco representados na política e ela parece capturar os votos de protesto no Brasil", definiu o jornal.O "FT" afirmou, ainda, que enquanto os concorrentes de Marina – referindo-se às eleições presidenciais – vendiam um pacote de políticas populistas, ela oferecia "uma visão mais holística do futuro", defendendo o Brasil como uma "sociedade economicamente bem sucedida e respeitada no mundo por sua consciência social e ambiental".
O perfil de Marina também teceu uma comparação entre a visão da ex-candidata pelo PSB e o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, com quem ela rompeu laços políticos ao deixar o ministério do Meio Ambiente, durante o segundo mandato do petista.
De acordo com o 'Financial Times' , uma diferença fundamental entre a ex-senadora e Lula é que "enquanto ele vendeu o consumo de bens aos mais pobres como o mais alto ideal de seus oito anos de mandato, Marina enfatizou o desenvolvimento humano, particularmente a educação".
O jornal também citou declarações do economista Eduardo Gianetti, um de seus conselheiros durante a campanha presidencial, da qual saiu derrotada em outubro, com 21% dos votos válidos.
Fonte G1

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