quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Esvoaçante otimismo com o segundo mandato da Dilma

Tosta Neto (Escritor e Historiador) - Colunista do Outro Olhar
 A virada simbólica do Ano Velho para o Ano Novo promove nas pessoas a crença em dias melhores. Uma retrospectiva espontânea surge na consciência de cada indivíduo, na busca parcial de fatos coloridos de felicidade. A cada réveillon, a esperança assoma e o futuro se cobre com uma mistura de expectativa efusiva e desmesurado frenesi. O Ano Novo traz no seu cerne o espírito sedutor da novidade, trazendo também, uma vez mais, a posse para o cargo na presidência.
     A segunda admissão da presidente Dilma provocou fortíssimos abalos sísmicos na cidade de Brasília; milhões de pessoas assistiram com tonitruante arroubo a cerimônia de posse. Por sinal, a maioria esmagadora da população está incomensuravelmente esperançosa em relação ao segundo mandato da “Margaret Thatcher Tupinambá”. Um sentimento indescritível de otimismo paira no ar, atingindo em cheio a vontade empresarial em investir trilhões de dólares no Brasil.
    É impressionante o estado saudável da economia brasileira nos últimos meses: as exportações superaram as importações com um saldo jamais visto na história; a receita superou os gastos públicos; a taxa de inflação ficou bem abaixo da meta do governo; a cotação do dólar despenca sem parar. Atualmente, o Brasil da Dilma é um idílio tropical, o qual, não tem problemas. Todos os supostos problemas são meras invenções da “elite branca e burguesa”. Pois é, se o Brasil da Dilma continuar nesta toada, em questão de pouco tempo, superará o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de países como a Noruega e a Suécia.
    Evidencia-se que a presidente está sendo fiel no cumprimento das promessas eleitorais. Na semana subsequente à reeleição, a taxa básica de juros foi diminuída de forma drástica. O governo apresentou uma série de mudanças que amplia o acesso aos direitos trabalhistas. O preço dos combustíveis recuou. A tarifa de energia elétrica foi reduzida. Concernente ao escândalo do “Petrolão”, Dilma teve uma atitude exemplar: demitiu a presidente e todos os diretores do primeiro escalão da Petrobras.
    A escolha dos ministros merece um parágrafo à parte. Joaquim Levy, ministro da Fazenda, unanimidade no próprio PT, nome execrado no meio dos banqueiros, inimigo ideológico e pessoal de Armínio Fraga (idealizador do plano econômico de Aécio Neves), economista avesso ao rigor fiscal e partidário do aumento dos gastos públicos. Jaques Wagner, ministro da Defesa, herói brasileiro na Guerra do Paraguai, comandante da Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial, general cobiçado pelo exército dos Estados Unidos, profundo conhecedor das fronteiras brasileiras, expert em ciências militares. George Hilton, ministro do Esporte, campeão olímpico, grande aceitação entre os atletas, PHD em gestão esportiva pela Universidade de Havard, abandonou o antigo PFL por não ser cúmplice de corrupção.
    Com estes ventos favônios, temos as condições ideais para a construção dum castelo diamantino de otimismo. O segundo mandato da Dilma nasce sob a égide fulgurante da novidade e da esperança. Percebe-se de maneira clara no rosto de cada brasileiro a feição de confiança na “Catarina II do Cerrado”. Portanto, a Grande Oradora, postulante a Academia Brasileira de Letras e Sábia Dilma Rousseff se credencia para ser a maior estadista do século XXI, uma divisora de águas na história política contemporânea.


Tosta Neto, 05/01/2015

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