domingo, 28 de junho de 2015

Zé Rainha condenado por extorsão, formação de quadrilha e estelionato.

É muito triste que um país com a vocação para a agricultura, um dos celeiros do mundo tenha tanta terra nas mãos de poucos. No Brasil se faz necessária e com urgência uma verdadeira reforma agrária.Não há em muitos Países desenvolvidos tanta terra em poucas mãos como há no Brasil. Há muitos sem-terra em nosso país, mas os lideres destes movimentos sociais caíram em tentação e deixaram de representar os que não têm onde plantar e hoje estes lideres representam seus próprios interesses e os interesses de seus partidos políticos. Podemos observar no romance Vidas Secas que a necessidade de reforma agrária há muito tempo é denunciada. Abaixo está um excerto de trabalho que fiz em 2002 e, portanto anterior a chegada de um grande líder sindical ao poder e que em minha cabeça este senhor iria olhar com carinho a questão agrária, mas foi um ledo engano.
Graciliano Ramos denuncia através desta obra permanecia da escravidão na estrutura agrária brasileira, este traço manifesta-se no livro através das trapaças do dono da fazenda, na brutalidade do soldado amarelo e na arbitrariedade do fiscal da prefeitura. O romance “Vidas Secas” chega a ser verídico, não só verossímil. O romance “Vidas Secas” é um clássico da literatura brasileira pela sua originalidade estilística e sua estrutura, pelo relato da existência sem destino do sertanejo, pela fidelidade ao drama de 40% da população nordestina que se encontra na zona rural, sob miseráveis condições, sofrendo os efeitos da seca. Mostrando ainda hoje a imediata carência de uma verdadeira reforma agrária, onde se acabe com os latifúndios, onde se dê terra, mas também incentivos, subsídios, financiamentos justos e uma política de agricultura familiar, onde se dêem condições não só ao agribusiness em que exista uma política agrária que coloque o Brasil como auto-suficiente em todos os produtos da “cesta básica” que faça o Brasil acreditar que a seca não é irremediável e irreversível, onde a esperança realmente vença o medo. A atualidade deste tema e a forma como foi escrito mostra a importância deste romance na cultura brasileira.
(DE OLIVEIRA, Cristovão Augusto – 2002)

Depois escrevo.Como sempre gosto de procrastinar

2 comentários:

  1. Caro Cristovão, parabéns pelo belíssimo texto, cuja essência reflete o problema histórico da terra no Brasil.

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