quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Seja bem-vindo à “Pátria Educadora”




    Subsequente à cerimônia de posse para o segundo mandato, a “presidenta” Dilma Rousseff anunciou o lema de seu novo governo: “Brasil, Pátria Educadora”. A priori, os menos lúcidos sobre a falácia oca e infundada – estratagema utilizado durante a eleição mais suja da história recente do Brasil – poderiam imaginar: “enfim, o Brasil terá um governo que tratará a educação como prioridade”. Alguns militantes petistas sob o efeito do ópio que atribui ao PT um papel revolucionário, casto e messiânico na história do Brasil, anunciaram uma verdadeira revolução na educação.
    A evidência dos fatos tratou de aniquilar a supracitada anunciação. Os arautos das boas-novas sobre a educação anunciaram falsas profecias. Com o modelo de “Estado nacional-desenvolvimentista” adotado pelos governos petistas, verificou-se um deslavado descaso com o equilíbrio das contas públicas. Um princípio básico da economia foi relegado: os gastos não devem superar as receitas. Diante do crasso desequilíbrio fiscal, a “Pátria Educadora” cortou 7 bilhões de reais da educação. Que “Pátria Educadora” é essa que corta verbas para a educação? “Pátria Educadora”? Pura hipocrisia! O Brasil está muito longe de ser um país que honra a educação. Precisamos aprender com os alemães, japoneses, suecos...
    Lembro-me dos chatos debates do 2º turno, quando a temática EDUCAÇÃO entrava em pauta, a candidata Dilma repetiu aos trilhões a palavra-mágica que se transformou numa espécie de mantra: PRONATEC, PRONATEC, PRONATEC... Como é notório, muitas vagas do PRONATEC estão sendo cortadas por falta de dinheiro. Inexorável PRONATEC, tornou-se célebre quando a candidata do PT sugeriu para uma economista desempregada presente na plateia, durante o último debate do 2º turno, que fizesse o PRONATEC, para assim, voltar à labuta. Francamente, caro leitor, tenho uma enorme saudade do show de oratória que a candidata Dilma apresentava nos debates. Por sinal, após o encerramento do segundo mandato, sugiro para a “presidenta” que se torne professora de oratória, sem dúvida, sucesso garantido.
    Na “Pátria Educadora”, não se exige um razoável desempenho no ENEM para adquirir um financiamento estudantil, graças aos pré-requisitos de não zerar a redação e o mínimo de 450 pontos. Ademais, alguns estudantes estão chegando na graduação com 400 pontos no ENEM e há casos de até 300 pontos. O resultado nefasto desta falta de exigência é o advento maciço de semianalfabetos no Ensino Superior com deficiências básicas na norma culta da Língua Portuguesa e na resolução de problemas lógico-matemáticos, ocasionando a formação de profissionais limitados com parcas chances de lutar por uma vaga no competitivo mercado de trabalho.
    Pois é, Dilma Rousseff é a líder ideal da “Pátria Educadora”, ao proporcionar para o público uma vasta coleção de gafes que estão no mesmo nível ou até superam em originalidade as consagradas “pérolas do ENEM”. Eis os diamantes-rosas da “presidenta”: citou uma palavra inexistente num debate, “estrupo”; afirmou em entrevista que o império inca se localizava no México; concedeu uma coletiva enquanto candidata nas mediações do Palácio do Planalto, demonstrando uma ausência de consciência em separar o público do partidário; confundiu a bandeira mexicana com a bandeira da França; comparou os delatores do “Petrolão” que aderiram à delação premiada com Joaquim Silvério dos Reis (vale salientar, foi a própria Dilma que assinou a lei que instituiu a delação premiada); afirmou que Roraima é a capital mais distante de Brasília (aprendi na 3ª série que Roraima é um estado, cuja capital é Boa Vista); se não bastasse a falta de conhecimento sobre a geografia do Brasil, disse que se sente uma “roraimada” (também aprendi na 3ª série que quem nasce em Roraima é roraimense). Ufa! Eu preciso parar a enumeração de gafes da “governanta” Dilma. Tenho a leve sensação que até a eternidade não é suficiente para listar todas as pérolas da professora-mor da “Pátria Educadora”.
                                                                                             

                             Tosta Neto, 19/08/2015


Sobre o Autor:
Tosta Neto Tosta Neto é Escritor e Historiador, Colunista no Outro Olhar .

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