quarta-feira, 22 de junho de 2016

Os números terríveis da maior crise de refugiados já vista

São Paulo – O mundo tem hoje 65,3 milhões de pessoas vivendo em situação de refúgio ou deslocamento. Esse número, informou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), é o maior já visto desde que os registros se iniciaram.
A constatação foi divulgada nesta segunda-feira (20) em um abrangente estudo conduzido pela agência e que se chama “Global Trends – Forced Displacement 2015”. “Estamos enfrentando a maior crise de refugiados e deslocados já vista. Mas, acima de tudo, essa não é uma crise de números e sim uma crise de solidariedade”, disse o secretário-geral da ONU Ban Ki Moon.
Em cinco anos, calculou a ACNUR, o número de refugiados e deslocados aumentou em 50%. A quantidade de pessoas que vivem dessa forma hoje equivale a toda a população de países como o Canadá, a Itália, a Espanha e a Polônia. Só no ano passado, 12,4 milhões foram forçadas a deixar tudo para trás, deixando suas cidades e países.
Mas a situação dessas pessoas deve piorar ainda mais nos próximos meses. Embora a Europa esteja lutando para encontrar uma solução para os milhares de refugiados e imigrantes que buscaram abrigo em seu território, a União Europeia (UE) ainda não conseguiu entrar num consenso sobre como, afinal, distribui-los entre seus países-membros.
Em outras regiões, como África e América do Sul, o cenário também não está positivo. O Quênia, um dos países que mais recebe refugiados, anunciou em maio que fechará suas fronteiras, encerrando, inclusive, as atividades em Dadaab, o maior campo do mundo. No Brasil, o governo interino suspendeu conversas com a UE em que negociava a recepção de sírios, uma das populações mais vulneráveis.
Enquanto o mundo tenta dar vazão ao contingente de deslocados e refugiados, o fluxo dessas pessoas não dá sinais de que cessará em algum momento próximo.

(Fonte: Exame.com)

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