terça-feira, 21 de junho de 2016

Tite não é a única solução (CHUTE NO VÁCUO F.C.)

O torcedor desatento talvez interprete que Tite seja a solução para a Seleção Brasileira. É inegável a qualidade do novo técnico, haja vista os títulos conquistados nos últimos anos. Porém, o problema é muito maior. A corrupta e incompetente CBF não aprendeu absolutamente nada com o tétrico 7 x 1; após o fiasco da Copa do Mundo no Brasil, contratou Dunga, um técnico conservador que não traria nada de excepcional para o estilo de jogo do Brasil. Ademais, há um problema de gestão no futebol brasileiro, cuja CBF é o baluarte supremo da falta de transparência. Com um ex-presidente, José Maria Marin, preso nos Estados Unidos e o atual presidente, Marco Polo Del Nero, que não sai do Brasil com medo de ser preso pela Interpol, o nosso futebol se encontra envolto em sombras e dúvidas. Precisa-se de um novo conceito de gestão na CBF, antes, é mister a saída desta horda que pilhou o futebol mais vencedor da história.

Um comentário:

  1. Tenho menos esperança em mudanças estruturais no futebol que na política. Nesta, pelo menos temos o voto como arma, mas no primeiro, nem isso. A nossa justiça é tão ineficaz que temos que esperar uma intervenção externa para prender os nossos bandidos vestidos de cartolas. Será que o Ministério Público e outras instituições fiscalizadoras desse país não conseguem enxergar que tem muita roubalheira e outras coisas erradas nesse universo paralelo chamado futebol? Acredito que os homens que comandam essa paixão nacional visualizam a política com olhar de Narciso, que observam a própria imagem refletida, e assim como no mito grego, espero que essa seja a causa da sua ruína.
    Quanto à escolha de Tite, não havia opções melhores no mercado de técnicos brasileiros. Os velhinhos da CBF não teriam a coragem de inovar com um estrangeiro porque são conservadores demais, são do tempo em que "se amarrava cachorro com linguiça" no dizer do "notório" Felipão. O ex-corintiano é, indiscutivelmente, o melhor treinador tupiniquim, embora não seja sensato esperar que ele respeite a tradição estética do nosso futebol, pois nunca o fez nos clubes por onde passou. O esperado é que ele dê um pouco de organização a esse amontoado de jogadores em que se transformou a seleção brasileira. Uma equipe competitiva, que jogue mais ao estilo do futebol de hoje, que tenha uma identidade, essas são as coisas que se esperam de Tite. Oxalá consiga, podendo, assim, resgatar boa parte do respeito interno e externo perdido.

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