domingo, 14 de agosto de 2016

Bicampeão nos 50m já vendeu ouro olímpico na internet por vítimas de tsunami

Anthony Ervin deixará o Rio de Janeiro com duas medalhas de ouro olímpicas, depois de ter triunfado nos 50m livre e no revezamento 4x100m livre com os Estados Unidos. A conquista não foi nova na carreira do veterano nadador, que já havia subido ao pódio pelas mesmas provas há 16 anos, em Sidney: foi prata na disputa coletiva e campeão na prova individual.
Apesar de ser duas vezes campeão na prova mais aguardada da natação, Ervin só tem uma medalha de ouro das que conquistou disputando os 50m livre. Afinal, a primeira foi vendida. Em 2004, quatro anos após a conquista na Austrália, ele vendeu o objeto por 17.101,00 dólares para ajudar vítimas do tsunami na Indonésia, um dos países mais afastados pela tragédia, que matou cerca de 250 mil pessoas.
E se engana quem pensa que o norte-americano possa ter vendido por estar seguro que defenderia seu título. Afinal, em 2003 ele deixou as piscinas. Só voltaria em 2011. Ervin parecia ter largado de vez as piscinas, nas quais começou a mergulhar como uma forma de corrigir uma personalidade intempestiva.
"Eu era um pequeno lixo", disse em entrevista à revista Rolling Stone em 2012. "Um causador de problemas, desobediente, sem disciplina."
A ideia dos pais em colocar o filho na natação era uma estratégia para controlar sua agressividade e acabou sendo o início de uma trajetória brilhante no esporte. O primeiro ouro veio aos 19. Depois da pausa, Ervin, aos 35 anos, voltaria ao lugar mais alto do pódio na condição de campeão olímpico mais velho na história da natação.
Um campeão que volta a ter uma medalha de ouro em mãos, 12 anos após ter vendido a primeira. Agora, o que fazer com essas duas conquistadas em solo carioca?
"Eu não sei, disse o veterano na quinta-feira - antes ter sido campeão nos 50m livre -, segundo o site da emissora norte-americana NBC. "Estou vivendo o momento, cara. Eu não sei nada sobre o que vou fazer."

(Fonte: ESPN)

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