quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Siameses unidos pela cabeça passam por cirurgia de separação nos EUA


Por G1, em São Paulo
13/10/2016 às 17:22

Anias e Jadon foram encaminhados para a sala cirúrgica na manhã desta quinta e deverão ficar 20h em operação, em Nova York. Caso raro é comandado por médico referência em separação de siameses no mundo.

Considerados como um caso ainda mais raro de gêmeos siameses, Anias e Jadon McDonald nasceram há pouco mais de 1 ano unidos pela cabeça. A mãe, Nicole, e o pai, Christian, decidiram fazer uma cirurgia difícil para tentar separá-los. O procedimento está ocorrendo nesta quinta-feira (13), em Nova York.
Os gêmeos foram levados à sala de cirurgia do Montefiore Medical Center, no Bronx, às 7h15 da manhã (8h15, horário de Brasília) desta quinta. Desde então, a equipe de médicos trabalha para que a operação seja encerrada com sucesso. Durante o caminho até a sala, o irmão mais velho, Aza McDonald, de 3 anos, montou na maca com os meninos e os acompanhou até o encontro com os médicos, como reportou a rede CNN. A previsão é que a cirurgia dure cerca de 20 horas.
Gêmeos unidos pela cabeça, chamados de “craniopagus”, são extremamente raros, com uma frequência de um caso para 2,5 milhões de nascimentos no mundo. Destes casos, cerca de 40% dos bebês são natimortos e outro ⅓ morre nas primeiras 24h de vida.


O caso de Anias e Jadon é ainda mais difícil, já que eles compartilham parte do tecido cerebral. Há, portanto, o risco de morte para ambos os bebês durante a cirurgia ou que tenham complicações cerebrais após o procedimento. O processo de separação será liderado por James Goodrich, considerado um neurocirurgião referência em separação de gêmeos siameses - neste ano, chegou a separar com sucesso um par de gêmeas da Arábia Saudita.
Na tarde desta quinta, a mãe dos meninos chegou a postar nas redes sociais que não tinha notícias sobre o status do procedimento.

“Não ter notícias é uma boa notícia, suponho. Eles [médicos] passaram pelos ossos do crânio e será atingida a temida zona do tecido cerebral por volta das 17h [18h, em Brasília]. Tudo está bem, no geral, e os meninos estão tolerando bem a anestesia. Até agora, tudo que está sendo feito na cirurgia já foi feito antes. Meu coração está acelerado para ouvir ‘a parte mais difícil’, a parte da terra desconhecida. Cada hora parece ser um dia inteiro, mas nossa fé não vai vacilar”, escreveu.

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