terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Sem Brasileirão, estádios da Copa vão ser ainda mais elefantes brancos

Já não era lá tão complicado de prever que alguns estádios construídos para a Copa do Mundo de 2014 virariam verdadeiros ‘elefantes brancos' após o torneio. Dois anos e meio depois, isso de fato aconteceu. E agora a perspectiva é piorar ainda mais.
Isso porque os próprios clubes chegaram a um acordo em congresso na CBF e proibiram na última segunda-feira que se venda o mando de campo no Campeonato Brasileiro. A medida, claro, visa melhorar o nível técnico da competição, impedindo que algum time se beneficie de um ‘campo neutro'.
Por outro lado, porém, tira a maior fonte de público e de renda dos estádios mais afastados da Copa.
Três deles em especial, sem nenhum time na Série A e nem na Série B: Arena Pantanal (Cuiabá), Arena Amazônia (Manaus) e Mané Garrincha (Brasília).
Segundo levantamento do ESPN.com.br, esses estádios receberam juntos 219 jogos depois da Copa do Mundo de 2014, sendo 25 deles pelo Brasileirão.
Pode até não parecer muito, mas o campeonato nacional foi o responsável pelos maiores públicos nas três arenas.
No Mato Grosso, os times do estado até jogam mais na Arena Pantanal, principalmente o Cuiabá (Série C) e o Operário (Série D). As arquibancadas, porém, só enchem quando grandes clubes nacionais vão jogar por lá.
Quatro dos cinco maiores públicos pós-Copa são do Brasileiro. O maior é de setembro de 2014, em uma vitória do Goiás sobre o Flamengo (38.405).
Amazonas é o estado com menos jogos desde o Mundial. Foram apenas 55 jogos (incluindo o Torneio de Manaus feminino, colocado lá justamente para manter o estádio na ativa).
Foram só três do Brasileirão. O clássico entre Botafogo e Flamengo, em outubro de 2014, porém, representa o segundo maior público da Arena Amazônia (39.561). Só Vasco x Fla, semi do Carioca de 2016, superou o número de ingressos vendidos (44.419).
Já Brasília foi a cidade que mais recebeu o Brasileirão. Foram 15 jogos, de um total de 65 que o Mané Garrincha foi sede desde o fim da Copa. E, tirando a Olimpíada, o campeonato nacional é responsável por quatro dos cinco maiores públicos. O maior deles foi na derrota do Flamengo contra o Coritiba em setembro de 2015 (67.011), só superado pelo empate entre Brasil e África do Sul nos Jogos Olímpicos (69.389).
E a conta ainda pode incluir a Arena das Dunas. Natal conta com o ABC na Série B e com o América-RN (agora na Série D) jogando com frequência por lá. Até por isso, só 2 dos 88 jogos disputados por lá desde a Copa foram do Brasileirão.
Porém, a vitória do Fluminense para cima do Flamengo no ano passado representa o quinto maior público e a segunda maior renda do estádio - R$ 2.214.850,00 -, superada apenas pelo duelo da seleção brasileira contra a Bolívia pelas eliminatórias sul-americanas.

(Fonte: ESPN)

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