quarta-feira, 26 de julho de 2017

Exemplo de Redações Nota 10 Enem -Tema: Publicidade infantil

A publicidade infantil foi um dos temas mais comentados já dados pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em meio a muito debate, o tema fez com que os estudantes refletissem sobre uma temática que eles não imaginavam que poderia ser pedida, algo que pode acontecer na redação do Enem 2017.
As professoras e coordenadoras de Redação do Curso PoliedroGabriela de Araújo Carvalho e Andressa Tiossi comentam parágrafo a parágrafo o texto.
Tema da redação:
Publicidade infantil em questão no Brasil 
REDAÇÃOCORREÇÃO COMENTADA
O consumo infantil X qualidade de vida A publicidade infantil, grande foco de discussões no Brasil, aliena as crianças e estimula o consumo desenfreado. Esta forma de divulgar produtos e marcas utiliza mecanismos atrativos, como linguagens e personagens, para impor pensamentos.A contextualização do tema poderia ser um pouco mais detalhada e sofisticada. Apesar de simples, acaba funcionando. Ainda que não haja uma tese explícita na introdução, é possível perceber ao longo da leitura do texto a presença de um ponto de vista.
Segundo o setor de psicologia da Universidade Estadual do Piauí, até os sete anos, em média, a criança está no processo de formação do caráter, o que a torna facilmente manipulável. Assim, motivados pela publicidade extremamente atrativa, os filhos estimulam seus pais a consumirem. Segundo dados, em 2013, 83,7% dos pais, a pedido dos filhos, compraram futilidades.O parágrafo, embora expositivo, traz informações que serão reaproveitadas no segundo parágrafo de desenvolvimento, ou seja, há a ideia de planejamento daquilo que será relevante para a defesa de um raciocínio e também o uso de referências externas, importantes na avaliação da Competência 2.
O principal problema relacionado a isto é a diminuição da qualidade de vida. A publicidade no setor alimentício, geralmente focada em ofertas de prêmios, impulsiona as crianças a preferirem alimentos gordurosos e com altíssimo teor de açúcar aos saudáveis e nutritivos. Os pais, motivados pela alegria dos filhos, também consomem tais alimentos e a família toda perde saúde. Algo parecido aconteceu entre as décadas de 60 e 90, quando as propagandas de marcas de cigarro tomaram a mídia e levaram a população aos problemas hoje enfrentados acerca do tabagismo. O Conanda (Conselho Nacional do Direitos da Criança e do Adolescente), hoje, inspira-se no sucesso da proibição da publicidade tabagista para empenhar seus esforços na tentativa de coibir a propaganda comercial infantil, embora isso não seja efetivo para a aceitação de empresários.Este é um parágrafo de consequências construído a partir das informações já apresentadas. É composto de forma semelhante a outros textos dados como acima da média: por situações que ferem alguns dos direitos básicos dos indivíduos. Neste caso, a opção pelo consumo e o consumo de alimentos saudáveis. A argumentação, porém, poderia ser mais aprofundada no sentido de convencer o leitor de que a questão é realmente um problema a ser solucionado.
De modo a solucionar tais problemas, é dever do Estado regulamentar, de forma rigorosa, a publicidade infantil, com a criação de leis proibitivas ou reguladoras. Aos pais, por sua vez, cabe a tarefa de controlar que informações atingem seus filhos, fiscalizando o acesso a todas as mídias, como TV e internet, por exemplo. À iniciativa privada, grande vilã, atribui-se o dever de, em parcerias público-privadas, estimular hábitos saudáveis, de forma que seja garantida a qualidade de vida infantil. A proposta de intervenção é interessante, mas ainda não é totalmente completa dado que não detalha as ações de forma a torna-las imediatamente executáveis. Como são estimulados hábitos mais saudáveis, por exemplo?

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